Infinito Particular

Como me parece bem esta fórmula de pôr o vídeo e depois vos "dar" a letra da música, acho que a vou adoptar.
Neste caso, em particular, vale muito a pena porque a letra é muito bonita... E altamente significativa.

Infinito Particular

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Marisa Monte - Infinito Particular

Aqui fica mais um vídeo, com uma música que me "acordou" pela manhã. Música essa da qual gosto muito, embora durante muito tempo me tenha mantido relutante em gostar de Marisa Monte... :)

Terça-feira

Transmissão de pensamento:

hoje de manhã, enquanto olhava fixamente para o armário (paragem cerebral matinal), ouvi o locutor da rádio dizer "Por vezes, há manhãs de terça-feira que são piores que as de segunda". Como conheço essa sensação...

Queens of The Stone Age - Make It Wit Chu

Já agora, fica a letra da música anterior (para poderem cantar!).

You wanna know if I know where
I can't say that I do
Don't understand the evil and
Or how one becomes two
I just can't recall what started it all
Or how to begin the end
I ain't here to break it
Just see how far it will bend
Again and again, again and again
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(again and again and again)
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(anytime, anywhere)~
Sometimes the same is different
But mostly it's the same
These mysteries of life
That just ain't my thang
If I told you that I knew about the sun and the moon
I'd be untrue
The only thing I know for sure
Is what I won't do
Anytime, anywhere
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(Again and again, yeah yeah)
I wanna make it
I wanna make it wit chu
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(Again and again)
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(You)
I wanna make it
I wanna make it wit chu
(Anytime, anywhere)
I wanna make it
I wanna make it wit chu
Again and again and again and again and again
I wanna make it

Queens of the Stone Age

Descobri esta música hoje. Ia eu no meu carrinho, face à praia de Carcavelos (porque o trânsito começou logo ali), a ouvir a Radar, quando passou esta "pérola" dos Queens of the Stone Age, de seu nome "Make It Wit Chu" (whatever they want...). Adorei e resolvi partilhar com todos vocês, tendo para isso aprendido a adicionar vídeos do YouTube ao meu blog!!! Ena, ena!
Enjoy.

Acta do 5º Encontro dos Jovens Primos em Lisboa e Arredores

No dia 7 de Fevereiro de 2008, pelas 21 horas, deu-se o 5º encontro dos jovens primos.
Pois é, estamos a marcar pontos na pontualidade dos nossos jantares. Desta vez, passadas apenas duas semanas, mais um belíssimo repasto se fez na boa companhia dos priminhos. É verdade que continuamos sem a presença do Miguel e Alex, mas, em contrapartida, veio uma prima do Porto, de propósito, para jantar connosco. E o elemento surpresa foi… a Catarina, que nos honrou com a sua presença, naquele que foi o primeiro dia das suas férias!
Devido ao trabalho da Carol, a escolha do local do restaurante ficou limitada à área de Belém. Bastaram alguns divertidos e-mails para nos decidirmos pelo “Coisas de Comer”, mesmo ao lado do Palácio de Belém, que serve, além de outros, alguns pratos de comida portuguesa. Muito simpático, acolhedor e óptimo para recebermos o nosso elemento mais jovem, o Duzinho! Foi a primeira vez que nos fez companhia e encantou-nos com a sua boa disposição. Era vê-lo a fazer pose para as fotografias e a chorar por mais comida… mas da boa, que ele não se deixa enganar com sopinhas! É amoroso!



Como não há duas sem três (refiro-me a novidades – Catarina e Duzinho), o Pedro avançou com uma fabulosa máquina fotográfica, que está a pôr em prova para a viagem ao Botswana.
A barriga começa a fazer uns sons estranhos… parece-me que está na hora da papinha… Comeu-se realmente muito bem. Entradas apetitosas e depois… A Cristina e o Pedro escolheram a caldeirada de peixe, enquanto eu e a Carolina decidimo-nos pela riqueza. Uma delícia para os sentidos. Só para abrir o apetite, trata-se de uma sopa de peixe envolta em massa folhada. Maravilhoso.





Na ala dos bifes, tivemos a Rita, o Rui e a Catarina, que escolheram o bife à “Coisas de Comer” (um bife com chouriço de sangue) e o bife com Roquefort.



A Joana comeu novilho e o Vasco deu preferência a um bacalhau com broa. Não se enganem se pensam que o Duzinho se ficou pela sopa. Provou da comida dos pais, mas acho que do que realmente gostou foi do chouriço que veio nas entradas. (Penso que este facto será do contentamento dos séniores, que nos vêem um pouco como que à deriva no que diz respeito às tradições. Sim senhor, o Duarte é fiel às raizes! E venha mais um chouriço!)


O Pedro, o Rui e a Carolina não conseguiram resistir às sobremesas e provaram gelado de limão e manga e um petit gateau au chocolat. Cafés. Conversa da boa. Um convívio excelente a manter!
Beijinhos e abraços. Até uma próxima!
(acta elaborada por Sara Barbosa)

Miró

A pedido da Rita T, aqui ficam mais umas fotos do meu Miró, quando era mais pequenino. É muito fofo!!! E muito mimalho também!

Nariz, Miró e Caga-Tacos


Miró e Caga-Tacos

Nariz e Miró
Miró

Os meus gatos

A semana tem sido fracota em inspiração, por isso decidi brindar-vos com uma apresentação oficial dos meus gatichos. O Alberto já conhecem, agora ficam os restantes.


Miró

Branquinha

Nariz



Pimpinela

Em breve haverá mais fotografias...

Sem muita importância...

Estou cansada. O dia foi longo e trabalhoso, e a paciência não abundou... Aliás, toda esta semana se adivinha à semelhança deste início, dia em que Lisboa acordou num caos de chuva. A mim, esse caos passou despercebido. Embrenhada que estava na leitura aquando da viagem da Parede até Lisboa, nem sequer me apercebi da água que invadia a marginal... A minha capacidade de abstracção já vem de longe e é sobejamente conhecida dos mais próximos. Antes assim, pelo que me diz respeito.
Parece-me que a semana já vai a meio, e ainda só é segunda-feira... Que passe depressa, pelo menos.
Pelo humor, estou mesmo cansada! Peço desculpa...


Silêncios ecoam na vastidão da penumbra

Aqui fica mais um poema da minha autoria.

Silêncios ecoam na vastidão da penumbra.
Ruídos irrompem das sombras,
Sustendo…
O vento tenta alcançar-me,
Mas estou segura…
A noite se agita numa dança frenética,
Quer mais, anseia pelo dia.
Mas a luz tarda.
E a noite continua o seu ritual…
Tudo é manso,
A calma reina na agitação do rito,
E as bátegas que ouçam
Não mais são que ecos, ritmos
Da noite fugidia…
O cansaço toma-me,
Mas os ecos vibram em mim,
Cada vez mais fortes,
O ritmo acelerado…
Parou.
A mansidão apodera-se do meu ser,
Consigo senti-la, invadindo-me…
Preparo-me…
Já não sou eu.

O menino de Cabul (The Kite Runner)



Parece que o enguiço finalmente se quebrou. Voltei à maré de sorte (ou, pelo menos, assim quero acreditar!). E, com isto tudo, quero dizer que ganhei um convite duplo para assistir à ante-estreia do filme "O menino de Cabul", nos cinemas Vasco da Gama.
Convidei a prima Carolina para ir comigo e lá fomos as duas ver o filme, o último de Marc Foster, o mesmo que realizou "Finding Neverland" (filme que muitas lágrimas me fez chorar...). Confesso que as expectativas em relação ao filme não eram muitas - tinha lido um resumo, mas pouco percebi da história ou de como esta poderia ser desenvolvida.
No entanto, foi um agradável surpresa. O filme conta a história de dois amigos, crianças, na Cabul de 1978, e de como um específico dia muda completamente a sua evolução. Arim e Hassan são amigos, mas têm também uma relação patrão/criado. E não, não utilizo esta palavra por acaso, porque se trata de alguém de uma submissão e lealdade inimagináveis.
A vida de ambos irá mudar radicalmente com a chegada dos russos ao Afeganistão, altura em que Arim e o seu pai são obrigados a deixar o país. A partir daí, a história evolui até aos nossos dias, altura em que Arim irá regressar ao seu país natal numa viagem de remissão...
Mais não posso contar, porque senão estrago o efeito.
Posso dizer, então, que a história cresce de uma forma pujante, que a fotografia é muito bonita e que a banda sonora (de inspiração árabe), de Alberto Iglesias, é realmente deslumbrante.
O filme evita os lugares-comuns e a lamechice, que facilmente poderiam emergir, o que é um bom apontamento. Posso, apesar disso, confessar-vos, que houve uns olhos húmidos lá pelo meio...
Recomendo, até porque é um filme diferente, fora da rota dita "comercial", o que nem sempre se encontra, facilmente, nas nossas salas de cinema.

The Darjeeling Limited


Domingo, finalmente, foi dia de ir ver o "Darjeeling", designação facilitada para o novo filme de Wes Anderson. Devo dizer que andava à espera deste filme desde Novembro, altura em que era suposto o filme passar no European Film Festival de Cascais. Não passou, à última hora foi alterado o programa, por razões que me são alheias. Mas a vontade de ver o filme, essa ficou. Bem premente.
Sou uma fã do Wes Anderson. Não quer isto dizer que conheça a fundo a obra dele. Apenas vi "The Royal Tenenbaums" e "The Life Aquatic with Steve Zissou" - adorei ambos. Adoro a atenção aos pormenores, as cores, todo o aspecto visual dos filmes, que é extremamente cuidado. Adoro a disfuncionalidade das personagens, tão longe (ou tão perto) das nossas, comuns mortais. E, qual cereja no topo do bolo, adoro as bandas sonoras!
Por tudo isto, podem imaginar que as expectativas eram altas.
As oportunidades de ver o filme andavam escassas, por isso este fim de semana aproveitei e lá fui, acompanhada do Rui e da minha prima Catarina, ao El Corte Inglès.
O filme vem "acompanhado" de uma curta-metragem, dita introdutória, de seu nome "Hotel Chevalier". Neste curta, protagonizada por Jason Schartzmann e Natalie Portman, vemos um dos irmãos Whitman (as personagens do filme), a viver no dito Hotel Chevalier, ser visitado pela namorada, com a qual a relação não é fácil. Por muito curta que seja, temos o "privilégio" de ver Natalie Portman como veio ao mundo, se bem que de uma forma algo artístico, nada de muito explícito. Não deixou de ser estranho...
O filme, propriamente dito, é a modos que um delírio visual. Filmado na Índia, onde a equipa alugou um comboio onde a grande parte da rodagem foi feita, está repleto de cores intensas. A história é centrada em três irmãos, cujos laços genéticos são altamente duvidáveis - como acreditar que Adrien Brody, Owen Wilson e Jason Schartzmann são irmãos??? No entanto, em termos de disfuncionalidade, as personagens são completamente credíveis! É estar sempre a ouvir o Owen Wilson querer fazer acordos com os irmãos sobre atitudes a ter no futuro...
Bem, não quero falar demasiado sobre a história, senão perde piada para aqueles que ainda não viram o filme. O que quero dizer é que gostei muito, mais uma vez a banda sonora é fantástica, com ênfase para a faixa final: Joe Dassin a cantar "Les Champs Elysées"!!! Claro que comecei imediatamente na cantoria, com o Rui todo envergonhado a mandar calar-me (ou, pelo menos, cantar mais baixo!). A história, em si, não é brilhante nem traz nada de particularmente novo, mas vale imenso a pena pela peça de arte que é. E o cinema é todo sobre as emoções que nos desperta.

Expiação / Atonement III

Acabei de ler, na minha viagem matinal de comboio rumo a Lisboa, o livro Atonement, de Ian McEwan. Em concordância com a impressão que me havia deixado o filme, o livro é definitivamente melhor. Muito mais complexo, muito mais interessante, com uma profundidade completamente diferente.
Gostei imenso, recomendo.

Frase do Dia!

"Makukula looks like Bamby On Ice." Russell dixit

Comentário ao jogo de ontem, da selecção portuguesa contra a italiana.

Do Desassossego



Mais uma vez, peço desculpa pela ausência , algo prolongada. Desde que o meu computador se foi abaixo (o transformador queimou), a disponibilidade para escrever diminuiu bastante. E no trabalho tem sido uma agitação tão grande que raramente arranjo um tempinho livre para dar largas à inspiração.
Ontem à noite houve teatro. Já há muito, muito tempo que não ia ao teatro. É daquelas coisas que exige um bocadinho de nós, tomar essa "decisão". Neste caso, tomaram-na por mim. Já há algum tempo que a minha irmã andava a falar desta peça de teatro, baseada n'"O Livro do Desassossego", de Bernardo Soares, em como seria interessante. A mim também me agradou a ideia, mas passámos um tempo em que nenhuma decisão foi tomada. Finalmente, neste fim de semana que passou, ela resolveu reservar bilhetes e ontem lá fomos nós, rumo ao Teatro da Comuna.
A minha experiência teatral em Lisvoa não é vasta. Também, como poderia ser? Só há pouco tempo me mudei para cá... Na minha adolescência, quando passava férias cá com a prima Carol, chegámos a ir ao Teatro Villaret. E pouco mais conheço.
Pois o Teatro da Comuna é um local engraçado. Localizado num dos sítios mais amplos da cidade, a Praça de Espanha, é uma velha casa senhorial, um pouco a cair aos pedaços, o que é triste, porque o espaço tem imensas potencialidades. Rodeado de um grande terreno, com ar de jardim abandonado, é um cenário realmente contrastante com o bulício circundante.
Mas passemos à peça.
Não conheço a obra que lhe deu origem. Mea culpa, admito com pesar. Até trouxe o livro quando vim para Lisboa, mas ainda está na prateleira. Em breve pegarei nele, tenho a certeza.
A peça é desenvolvida, basicamente, por um actor, Carlos Paulo. Muito bom, por sinal. Suponho que o papel que ele interpreta seja o do narrador do livro, o desassossegado. Vai movendo-se pela "acção" (entre aspas porque não há verdadeiramente uma acção, a peça é uma dissertação) num monólogo - seremos nós os alvos desse monólogo? Ou será apenas um exorcismo, um exercício necessário à dita sanidade mental?...
Não sei. Houve partes de que gostei particularmente, como aquela frase: "Onde está Deus, mesmo que não exista?"...
A peça não é fácil. Não é um forma de passar o tempo, de diversão. Exige introspecção e tempo para saboreá-la, reflectir na sua mensagem. Mas vale muito a pena.
Ala ao Teatro da Comuna!