O Rapaz do Pijama às Riscas



Sexta-feira passada fui, com a Adriana e a Rita T, ver este filme: O Rapaz do Pijama às Riscas. Tínhamos todas algumas expectativas em relação ao filme, uma vez que retrata a amizade entre dois meninos, um filho de um comando alemão das SS, o outro judeu vivendo num campo de concentração (o filme passa-se, como já devem ter percebido, durante a Segunda Guerra Mundial). Pensávamos que seria um filme tocante, até já íamos preparadíssimas para chorar baba e ranho! Mas isso não aconteceu. O filme é pobre, não consegue criar empatia com o público, resultado duma abordagem superficial do tema. É como que um pãozinho sem sal. Sem piada, sem sabor.
Apesar de tudo, gostei da interpretação de David Thewlis, que faz o papel de comandante das SS, pai de um dos meninos. Não conheço bem o actor, mas acho que está convincente e algo assustador - o que deve ser o objectivo. Ainda assim, não me parece suficiente para uma ida ao cinema, logo... passem ao lado.

Stieg Larsson



Recebi este livro pelo Natal, oferta do meu amigo João (como estás?...). Acho que posso dizer que foi a primeira vez que li um policial, se descontarmos aqueles livros da Enid Blyton lidos durante a minha infância/adolescência... E os livros de "Uma Aventura"... Ok, mas isso são livros infanto-juvenis, não conta! Bem, voltando ao assunto (e não dispersando). O João ofereceu-me este livro pelo Natal e eu resolvi pegar nele logo no início do ano. Como já tinha escrito por aqui, a minha veia de leitora andava um pouco adormecida... Mas acordou, e de que maneira, com este livro de Stieg Larsson, o primeiro da trilogia Millenium, que o escritor sueco entregou à sua editora pouco antes de morrer, aos 50 anos, vítima de um enfarte (ou algo desse género).
As persongens principais desta trilogia são Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander. Ele é jornalista financeiro e ela uma delinquente juvenil com um talento extraordinário para descobrir tudo o que é possível sobre qualquer pessoa. Neste primeiro capítulo, vão investigar o desaparecimento de Harriet Vanger, sobrinha-neta de um poderoso empresário, Henrik Vanger, que ocorreu há mais de 40 anos.
A história é altamente viciante, a escrita fluida e interessante. Li o livro, de mais de 500 páginas, num ápice. E, logo de seguida, fui procurar o segundo volume da série. Daí se percebe o facto do livro, rapidamente, se ter tornado um best-seller, um pouco por todo o mundo.

Mau Tempo (no canal)...

Este fim-de-semana, rumei a Norte, até ao Porto. Primeira visita do ano, já tinha saudades... A estadia foi curta, e o tempo esteve cinzento, mas deu para tirar algumas fotografias bonitas ao mar agitado, em Leça da Palmeira...









Fotografias da autoria de Rita Barbosa (tiradas com a máquina nova que teve pelo Natal!!!)

Neve em Cinfães

Caros amigos, tinha-me esquecido de partilhar convosco umas belas fotografias de Cinfães coberta por um branco manto de neve! É verdade que eu, pessoalmente, não tive oportunidade de presenciar tal facto (e a última vez que nevou assim em força foi em 1994), mas vibrei com o acontecimento como se tivesse lá estado a fazer bonecos-de-neve!!! Simplesmente, lindo. :)


Largo da Pesqueira


Feira das Vacas (ou Jardim da Fonte dos Amores)


A minha casa!!!


Jardim Serpa Pinto

Todas as fotografias - autoria Marta Teixeira

Previsões para 2009



Um destes dias, a Rita C leu-me o Tarot (ela é pró nestas coisas, tem imensos baralhos e fichas explicativas), para ver como vai correr o meu ano de 2009. Para o efeito, escolhi o Tarot com ilustrações do Bosch, que é um pintor que eu gosto bastante (embora algo assustador...).
Deixo-vos aqui uma fotografia exemplificativa das cartas que me calharam. Não vou estar aqui a descrever em pormenor as previsões, apenas saliento duas coisas: por um lado, as cartas dizem que vou ter um ano de glória em termos de projecção no mundo (...) e, por outro, a última carta da previsão é a Torre, uma das cartas mais negativas do Tarot!
A ver vamos como o ano se desenrola.
E, já agora, um feliz 2009 para todos. Embora já vá algo atrasado. :)

A Valsa com Bashir



No dia a seguir a ver o Benjamin Button, fui mais o mais-que-tudo até ao King para ver este "A Valsa com Bashir", do realizador israelita Ari Folman. O filme é um documentário, em formato de animação, sobre a actuação do exército israelita na Guerra do Líbano, no início dos anos 80. Tem contornos autobiográficos, por aquilo que entendo, e é um retrato ao mesmo tempo perturbador e apologético.
O facto de ser um documentário de animação, permite ao realizador evocar imagens extremamente violentas e, nesse sentido, é uma decisão bastante inteligente. Não sei se foi por isso, se para poder incluir testemunhos de pessoas sem que estas tivessem que ser filmadas...
Assim, toda a realidade aqui retratada é violenta. Cruel. A mensagem, essa, acho que pode ser interpretada de várias formas. Por um lado, parece ser uma forma do realizador, como israelita, justificar a actuação do exército do seu país, no conflito em questão. Mas eu acho que, de qualquer forma, não há qualquer inocência (nem intuito de fazer passar essa imagem) na forma como a acção se desenrola, nem dos seus intervenientes... Como, aliás, costuma acontecer em tempo de guerra.
É um excelente filme, que recomendo vivamente. E até está nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não que eu confie muito no discernimento da Academia Americana...

O Estranho Caso de Benjamin Button



Sei que o ano de 2009 tem sido um pouco fraco em termos de blog, peço desculpa pela ausência, mas não tem havido grande vontade... Acontece.
Não quer isso dizer que me faltem assuntos para escrever.
Há uns dias fui ver, com as minhas coleguinhas, o novo filme de David Fincher, que tem gerado grande agitação pelo meio cinematográfico - "O estranho caso de Benjamin Button", baseado no livro homónimo de Scott Fitzgerald, conta-nos a história bizarra de um homem que nasce com 80 anos e vai rejuvenescendo à medida que os anos passam. Para além do óbvio problema com que se depara, a história tem como principal objectivo (na minha opinião) mostrar-nos que nunca há momentos perfeitos na vida, que esta tem que ser vivida com paixão e é preciso aproveitar cada momento, cada oportunidade que nos é oferecida. E, dessa forma, é uma história bonita e tocante.
Gostei muito da Cate Blanchett, que é uma óptima actriz, muito bela. Brad Pitt está bastante bem na primeira metade do filme, enquanto personagem mais idosa, mas o rejuvenescimento não lhe faz propriamente bem... Vejam por vocês mesmos, acho que vale bem uma ida ao cinema.

Destruir depois de ler



Embora este filme dos irmãos Coen já tenha estreado há muito tempo, só agora é que fui ver, nos cinemas do El Corte Inglés, provavelmente a única sala da capital onde ainda se encontra em exibição.
O elenco é de luxo, como já devem saber: George Clooney, Tilda Swinton, John Malkovich, Frances McDormand e Brad Pitt. E as personagens por eles interpretadas são, no mínimo, caricatas. Desde o tipo da CIA que é despedido por um problema de alcoolismo e que resolve escrever as suas memórias profissionais (Malkovich) até ao bronco personal-trainer interpretado por Pitt, é só escolher da lista a personagem com menos sanidade mental! Pessoalmente, a minha "favorita" foi mesmo Frances McDormand - a mulher está capaz de tirar qualquer um do sério...
Resumindo e baralhando, não gostei muito do filme. Parece-me demasiado idiota, não sei... Roça o absurdo diversas vezes, de uma forma completamente cruel. Se calhar, sou eu que não tenho sentido de humor. Mas não fez o meu género.