As Loucuras de Brooklyn - Paul Auster



"Tendo como pano de fundo as polémicas eleições americanas de 2000, este romance conta-nos a história de Nathan e do seu sobrinho Tom. Ainda que de formas diferentes, são ambos solitários, atormentados... e vizinhos. Tendo acabado a viver no mesmo subúrbio de Brooklyn, juntos vão inesperadamente descobrir uma comunidade que pulsa de vida e lhes oferece uma imprevisível possibilidade de redenção. Sob a égide de Walt Whitman, desfila neste livro toda a dimensão e multiplicidade de Brooklyn: os personagens típicos de bairro, drag queens, intelectuais frustrados, empregadas de café decadentes, a burguesia urbana, tudo isto sob o olhar ternurento que Auster lança da mítica ponte de Brooklyn." (sinopse do livro)

Já lá vai algum tempo desde que li um livro do Paul Auster, um autor que muito aprecio. Este foi-me oferecido pela minha Mãezinha pelos meus 27 anos, mas só agora chegou a sua vez, porque a lista de espera vai longa e lenta...
Pela sinopse, já têm uma ideia da história do livro. A escrita, essa, é a que Auster nos habituou: fluida, coloquial, com o narrador a confundir-se com o autor, o que faz com que, na minha cabeça, todos os livros dele sejam um só!
Ao início, custou-me um bocadinho a arrancar com a leitura, quando Nathan se instala em Brooklyn e a história se começa a desenrolar. Mas quando Tom entra em cena, com os seus desaires pessoais, há toda uma dinâmica que se cria e que acaba por prender o leitor. E, talvez por causa disso, acabei o livro a ler umas 80 páginas de enfiada, numa noite em o que o sono teimava em não aparecer.
Muito bom. Até me deixou com vontade de conhecer Nova Iorque. O que, por si só, já é dizer bastante.

Fica, como amostra, uma frase que me tocou particularmente:

"Todas estas coisas me inundam a cabeça e fazem-me lembrar que é impossível fugir à infelicidade que assola o mundo."

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito deste livro, prima!