O Escritor Fantasma




Depois de "A Origem" (um óptimo filme) veio este "O Escritor Fantasma", o mais recente filme de Roman Polanski.
Ewan McGregor interpreta o papel principal do escritor que é contratado para rescrever as memórias do antigo primeiro-ministro britânico, Adam Lang. Contrato esse que surge depois de a pessoa que estava inicialmente encarregada dar à costa sem vida. Esta tarefa, aparentemente "inofensiva", parece, afinal, acarretar sérios riscos - há todo um enorme mistério em volta da vida de Lang e do início do seu percurso político...
As premissas são, então, boas para o filme de suspense que se apresenta. Mas a pena é que o filme promete mais do que aquilo que realmente dá. Em termos de história, está claro, porque achei que as interpretações foram bastante boas, com um Ewan McGregor de volta à boa forma (em todos os aspectos...). De resto, não consegui sentir um verdadeiro crescendo do mistério, a culminar no final, o qual, ainda para mais, não achei particularmente interessante!
Mas pronto, não posso dizer que não seja um filme interessante. Um bom passa-tempo, com certeza. Mas não muito mais do que isso.

A Origem




Regresso aos filmes. E que grande regresso, por sinal. Quis o destino que este "A Origem" (Inception, no original), o mais recente filme de Christopher Nolan, estreasse em pleno Verão, altura pouco propícia a cinema de qualidade. Nolan, esse, que eu muito aprecio e que realizou, há uns anos atrás, o filme que dá nome a este blog. Entre outros filmes (que eu vi quase todos...). Pronto, já deu para perceber que sou, digamos, uma fã.
A história talvez já conheçam: numa realidade em que é possível entrar na mente das pessoas através dos sonhos, há uma pessoa, Cobb (interpretado por Leonardo Dicaprio), cujo talento é ímpar em tal tarefa. Afastado dos E.U.A. por um crime misterioso, é-lhe dada a oportunidade de se redimir através de um pedido único: gerar uma memória na mente de alguém.
E por estes caminhos, de realidade em realidade, somos levados, pelo mundo dos sonhos. É engraçado como certas cenas parecem tão familiares, sugerindo sentimentos que normalmente nos são trazidos pelos sonhos.
O filme é muito bom e vale uma (ou mais) ida ao cinema, por isso não vou tecer mais comentários à trama. Apenas digo que foi dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, daqueles que nos faz sair do cinema com a adrenalina em alta. Acho que ainda o vou ver outra vez.

A minha rica terrinha

Porque o tempo foi de férias em Cinfães, coisa que já não acontecia há muito, muito tempo, quero partilhar aqui alguns dos momentos vividos por lá. Se bem que nem todos tenham sido, propriamente, em Cinfães!


O jardim Serpa Pinto, florido

As minhas Aveleiras, onde houve uns mergulhos bem bons

No caminho para as Aveleiras - Açoreira


Os anos da Marta

Chaves

Gato trasmontano

Em Chaves (se alguém precisar...)

Pedras Salgadas


Um coração a bater de amor - no casamento do ano :)
Fotografias por Rita Barbosa

Um homem na escuridão - Paul Auster





As minhas leituras não têm andado particularmente prolíferas. Muita preguiça é no que dá. Mas este "Homem na Escuridão", de Paul Auster, conseguiu retirar-me momentaneamente desse marasmo e, durante uma semana, andei entretida com a sua leitura.
O livro é bem ao jeito de Auster (como algumas pessoas dizem, todos os seus livros são vagamente semelhantes...) - um narrador que facilmente se identifica com o escritor, e que conta uma história dentro da história.
August Brill é um homem nos seus 70, 80 anos, que vive com a filha e a neta. Crítico literário, vive atormentado com o seu passado, se bem que lá não está nenhum segredo oculto. Há apenas as memórias e as ausências do presente. E para não pensar nelas, August conta-se histórias, inventa enredos e personagens. Que ganham vida na sua imaginação. Assim passa as noites de insónia, que teimam em persegui-lo. E que perseguem também a sua neta, essa sim atormentada por acontecimentos recentes.
Estão lá, assim, todos os ingredientes típicos de Auster. Os enredos familiares (mais ou menos desfeitos), a procura da catarse por auto-inflingido sofrimento, as histórias em espiral sem que se perceba muito bem onde está a realidade...
Gostei do livro, que é bom de se ler. E também gostei de ter ultrapassado a minha apatia, mesmo que tenha sido por apenas uma semana. Pode ser que lhe ganhe o gosto.