Os miúdos estão bem



Pronto, dá para perceber que a inspiração não tem sido muito... Que fazer?
Este "Os miúdos estão bem" foi o filme da semana passada. Escolha feita a pensar no facto de ser um filme que não se iria aguentar muito mais tempo em cartaz (e, realmente, saiu na semana seguinte). A crítica foi muito favorável a este filme que conta a história de um casal de irmãos, filhos de duas mães, que vão à procura do seu pai biológico. E, ao encontrá-lo, esse encontro irá colocar as vidas de todos de pernas para o ar.
Primeiro: soberbas interpretações, principalmente de Annette Bening (nomeada ao Oscar por este papel), completamente masculinizada. Mark Ruffalo foi um pouco de uma desilusão, porque tempos houve (em que estava maluquinha, só pode) em que achei esse senhor interessante. Não. O senhor é apenas canastrão. Não é mau actor. Mas não é bonito, isso com certeza. Bem, mas isso é pouco relevante para o caso. A personagem de Ruffalo, pai/dador de esperma, é quem vai pôr toda a acção na história. Nic e Jules têm uma relação sólida, em que cada uma delas teve um filho pôr inseminação artifical (ambos filhos de Paul). No entanto, a sua relação não passa pela melhor fase, uma vez que Jules não se sente realizada profissionalmente e acha que Nic não a apoia a 100% neste campo. O aparecimento de Paul vai destabilizar ainda mais a relação entre as duas, e a relação que têm com os filhos, Joni e Laser.
Assim, é um filme sobre a família, basicamente. Sobre o casamento. Sobre a idade. Sobre as exigências que a vida nos vai impondo. Muito bem conseguido, apenas tenho um reparo a fazer e que se prende com o facto de, algo bruscamente, Paul desaparecer da vida de todos. Pareceu-me algo estranho, uma vez que ele pertence a grande parte do filme. Mas, no fim, os miúdos estão bem. E isso é que interessa.

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