O colectivo animal, antecedido pela meia-hora mais dolorosa da história da música



Após convite inesperado (e muito agradecido!), fui ver os Animal Collective em concerto no Centro Cultural de Belém (CCB), na passada segunda-feira. Desde logo, e há já algum tempo, a surpresa pelo local escolhido para semelhante concerto - muito pouco ortodoxa, mas a promotora lá saberá melhor do que nós.
A primeira parte, responsabilidade dos portugueses Aquaparque, foi horrenda. Não há palavras para descrever o que os dois senhores fizeram em palco. Uma amálgama sonora com muito pouco nexo, a complicar (ao infinito) uma música que até poderia, eventualmente, e com muita sorte, ser audível. Foi ver o pessoal a abandonar a sala aos magotes, mas nós achamos por bem ficar no nosso lugarzinho, mesmo em frente à mesa de som. Má ideia, portanto.
Depois de um (longo) intervalo, subiram então "os animais" ao palco, recebidos por um público entusiástico que, entretanto, tinha basicamente enchido o CCB. O que se passou então foi um momento difícil de definir: talvez porque o som no sítio onde estávamos fosse particularmente pujante, mas o que é certo é que fiquei colada à cadeira durante o tempo do concerto, abanando a cabeça ocasionalmente quando a música era mais ritmada. Foi estranho. Não sei explicar. Como não conheço assim tão bem a obra dos senhores, senti-me um pouco perdida. Mas acho que não fui a única, porque a maioria das canções eram experiências para um novo trabalho...
No geral, foi uma experiência engraçada. Mas não fiquei muito fã, até porque não tocaram o "My girls", que eu gosto tanto... E continuo a achar que a escolha do local foi completamente desadequada.

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