Angèle et Tony



E não é que com este filme francês, primeira obra da realizadora Alix Delaporte, cheguei ao post número 100 de cinema deste blog?... Um acontecimento a assinalar.

"Angèle et Tony" conta a história de, como não poderia deixar de ser, Angèle e Tony - ela recém chegada a uma pequena vila piscatória da Normandia, ele pescador profissional nessa mesma vila. Como se dá o encontro, nunca chegámos verdadeiramente a perceber. Ela, de uma beleza bruta, imediatamente o atrai, mas muito caminho terá que ser percorrido para que estas duas personagens se entendam. Ela tem um passado que ele desconhece, e que só a conta-gotas é revelado. No entanto, ele não está preocupado com isso, e apenas quer que ela não mascare as suas fragilidades através de comportamentos desinibidos... Será que têm futuro? Talvez, mas realmente, tal como li numa crítica ainda antes de ver o filme, não é propriamente isso que importa. Ao espectador, interessa a forma como a realizadora conta esta história, a forma como a filma, e como os actores a vivem. Porque a história é corriqueira, nada tem de extraordinário.

No entanto, há um entendimento entre Clotilde Hesme (Angèle) e Grégory Gadebois (Tony), um par improvável, aliás, que torna este filme bonito e tocante. Também ajuda o facto de a realizadora optar por dizer menos e deixar ao espectador esse trabalho de adivinhar, ler nas entrelinhas... Ajuda a dar mais riqueza ao argumento.

Por último, gostei também das paisagens e do ambiente em que as personagens se inserem. O norte de França é lindo, e aqueles cenários áridos da Normandia trazem-me saudades...

Um belo número 100, sem dúvida.

2 comentários:

Rita C disse...

Parabéns pelo 100º post de cinema!
E parabéns pelo blog em geral, que considero muito interessante! :)
Beijinhos desta leitora assídua.

irRita disse...

Muito obrigada! Beijinhos