La nausée - Jean-Paul Sartre



Para não variar, ando atrasada na escrita deste blog. A culpa deve ser deste Agosto lento, que parece que já começou há uns 3 meses... E ainda nem 3 semanas passaram... Mas vamos ao que interessa.
Lenta foi, também, a primeira leitura que fiz de Sartre, o francês "maldito" que em 1964 recusou o Nobel da Literatura... pormenores. Ia dizendo que este "La nausée", primeiro romance de Sartre datado de 1938, foi a minha primeira incursão à obra deste autor que tanto marcou o pensamento do século XX. Demorou até arranjar coragem suficiente para embarcar nesta leitura, se pensar que este livro me foi oferecido há 6 anos... Sartre na sua língua materna não é tarefa para abraçar de ânimo leve!!!
Agora que já fiz esta longa introdução, que posso eu dizer sobre o livro?... Pergunta difícil, pois então. Este "La nausée" é um livro sem história, em que o fio condutor é a narração feita por um individuo, escritor em crise, que descreve os seus dias e o que o rodeia de forma desapaixonada. No entanto, acho que posso dizer que identifiquei, ao longo do livro, a presença das sementes do existencialismo - a forma como o escritor observa e se relaciona com o que lhe é exterior, para mais tarde se dar conta que tudo isso "existe" (como, aliás, ele próprio verbaliza). Não deixa de ser interessante aperceber-me disso, de como essa questão foi sempre tão importante para Sartre.
Embora tenha sido um pouco difícil manter a motivação ao longo da leitura, tal não aconteceu por o livro não ser suficientemente interessante, mas simplesmente por causa da sua cadência. Gostei, mas não sei se será experiência para repetir. Pelo menos, para já.

Sem comentários: