O Cemitério de Praga - Umberto Eco



Esta foi uma daquelas leituras fáceis. Apenas três semanas, o que não é mau se tivermos em consideração as cerca de 550 páginas que constituem este livro. Prenda de aniversário (muito obrigada!), viu a sua leitura começada no próprio dia da oferta, muito por causa de ter sido uma sexta-feira com viagem de comboio Lisboa-Cinfães. Logo aí foram 100 páginas! (o que significa que a leitura esmoreceu um pouco depois deste fantástico ímpeto inicial) Embora o ritmo inicial não se tenha mantido, foi um leitura divertida. Mas vamos à história.

O tempo da acção centra-se, principalmente, na segunda metade do século XIX. O "actor" principal é um tal de Simone Simonini, falsário de renome e que vive embrulhado em tramas e conspirações dignas de uma opereta - garibaldinos, napoleónicos, maçónicos ou hebreus, todos estão envolvidos. O mais interessante no meio disto tudo é que, supostamente, todos os factos que constam do livro são verdadeiros. O que é, no mínimo, inquietante. Assuntos de Estado tratados com a leveza de gestão de mercearia, conspirações internacionais com intuitos a roçar o caricato. Lá está: como romance é altamente interessante e entertaining (peço desculpa, mas não consegui encontrar o equivalente em português), mas se nos pusermos a pensar que são factos históricos... Outros tempos? Ou será que hoje em dia também acontecem coisas do género?... Muito provavelmente.

Não querendo entrar em muitos pormenores sobre o enredo, até porque considero muito mais estimulante ser o próprio leitor a fazê-lo, digo apenas ainda que o final acontece em clima de anti-clímax, como aliás dá para adivinhar ao longo da leitura.

Recomendo vivamente, mas "aviso" desde já que é preciso em certo sentido de humor para ler este livro. Isso e não ser facilmente impressionável.

2 comentários:

Rita C disse...

Que bom termos acertado novamente num livro que te interessou! :)
Beijinhos,
Rita

irRita disse...

É verdade!
Sempre a proporcionar boas leituras... :)
Muito obrigada.