Fernando Pessoa: Plural como o Universo

As actividades do último fim-de-semana incluíram uma visita à mais recente exposição da Gulbenkian, sobre Fernando Pessoa. Tem tido muita publicidade, pelo menos na televisão, onde já vi várias reportagens sobre o assunto. E, através delas, já me tinha parecido que daqui talvez não fosse sair grande coisa.
Pois então: a exposição foi organizada por dois museus brasileiros, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e veio para Portugal depois de temporadas em São Paulo (2010) e no Rio de Janeiro (2011). Acredito que, no Brasil, a exposição tenha tido um grande impacto, até porque não há nada de errado com ela - apenas o seu cariz vagamente didáctico faz com que o seu interesse, em Portugal, seja limitado. Se pensarmos que qualquer português que tenha feito o 12º ano de escolaridade estudou a fundo a obra (e vida) de Fernando Pessoa, esta exposição nada acrescenta àquilo que já sabíamos...
Fiquei um pouco desiludida, sem dúvida. Sempre tive um grande interesse em Pessoa, como autor e como homem, em toda a sua multiplicidade. Pouco aprendi de novo, mas ao menos passei uma tarde na companhia dele e dos seus poemas. Que tanto me dizem.

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