Filth

A primeira incursão às salas de cinema londrinas levou-me até à adaptação cinematográfica de uma outra obra literária de Irvine Welsh, 17 anos depois de Trainspotting. Falo, portanto, de Filth. Tenho que admitir que não fiz imediatamente a ligação entre os dois filmes... mas as parecenças são, sem dúvida, muitas. Desta vez, temos James McAvoy no papel principal - Bruce Robertson, detective de polícia em Edimburgo. O seu principal objectivo? Ser  promovido a inspector. E é neste momento que começamos a seguir os seus passos, o seu dia-a-dia algo alucinado (o início do filme lembra realmente Trainspotting no seu ritmo). Aos poucos, vamos percebendo que algo não está bem, não bate certo... A forma como se relaciona com colegas e demais pessoas à sua volta indicia uma falta de valores abismal. Mas prognósticos só no final do jogo. Ou do filme, neste caso. Da minha parte, posso dizer que é preciso ter estômago, não é um filme fácil de se ver. É controverso e chocante. Claro que, tendo visto o filme sem legendas (diz que se fala inglês aqui nesta terra e, por isso, não é preciso) e dado o cerradíssimo sotaque escocês do Sr. McAvoy e demais actores, houve partes que nada percebi do que eles diziam! Preciso habituar o ouvido. Mas gostei. Às vezes é bom ver um filme que mexe connosco, que nos põe a pensar e nos incomoda. Até porque a vida é mesmo assim. Dura.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Até porque a vida é mesmo assim. Dura."
Ouch!
Beijocas da M