A meia idade do Kronos Quartet


O Kronos Quartet está a festejar os seus 40 anos. Bela idade, diria eu. O que melhor conheço da obra desses 40 anos são as bandas sonoras que fizeram, nomeadamente para o filme Requiem for a dream, de Darren Aronofsky. Um quarteto de cordas com um som pujante e emotivo.
No concerto que deram hoje no Barbican, o repertório era quase todo novo, ou pelo menos bastante recente. Com convidados que compuseram especialmente para eles, a diversidade foi o sentimento geral. Começaram por um conjunto de peças da autoria de Terry Reily, uma daquelas coisas altamente contemporâneas e que soam, de alguma forma, assíncronas. Como se as notas não batessem certo umas com as outras. Depois, Philip Glass, com uma composição mais melódica e mais ao jeito daquilo que reconheço com o som do quarteto. De seguida, veio o momento que mais gostei - juntou-se ao quarteto Bryce Dessner, dos The National, para a cinco tocarem as composições que Dessner fez para eles. Muito interessante e cativante. Tenho que ver se arranjo o álbum, quero ouvir com mais atenção. Depois do intervalo, um curto momento com uma composição de Jarvis Cocker, um pouco mais conceptual, para depois acabar com uma colaboração com a cantora ucraniana Mariana Sadovska, num registo muito diferente, com vocalizações a lembrar Dead Can Dance. 
Como podem perceber, houve sem dúvida espaço para um leque alargado de estilos. Gostei.

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